Joaquim Tauzene Rádio Pax-Beira Moçambique
Após a manifestação ocorrida na terça-feira, em que vendedores do interior do Mercado Maquinino, na cidade da Beira alegaram que os vendedores que exercem as suas atividades fora do mercado estão a impedir a entrada de clientes prejudicando quem trabalha dentro do recinto, o Conselho Municipal da Beira em coordenação com a Polícia da República de Moçambique, procedeu na manhã desta quinta-feira à retirada compulsiva de todos os vendedores informais que operavam no exterior do mercado.
Em entrevista exclusiva à nossa emissora Maida Carlos, louvou a iniciativa da edilidade afirmando que não faz sentido existirem dois mercados no mesmo local. Ela considera que a medida demonstra união entre os vendedores formais, uma vez que os clientes preferiam comprar fora, sem sequer entrar no recinto. A fonte acrescentou ue há espaço suficiente dentro do mercado para acolher todos e alertou para os riscos que os vendedores enfrentavam ao comercializar junto à estrada, sobretudo em caso de despiste de viaturas.
Por outro lado, Fátima Luís, uma das vendedoras informais abrangidas pela retirada compulsiva, contestou a alegação de que há espaço dentro do mercado. Ela afirma que a edilidade deve criar condições e alocar locais adequados para que os vendedores informais possam exercer as suas atividades comerciais com dignidade e segurança.
O ambiente tornou-se tenso no Mercado Maquinino, onde se instalou um verdadeiro braço-de-ferro entre os vendedores informais e a edilidade. Até o momento da retirada da nossa equipa de reportagem, a Polícia da República de Moçambique mantinha-se presente no local, com o objetivo de garantir a ordem e a tranquilidade pública.