Joaquim Tauzene, Rádio Pax Bira-Moçambique
A inclusão social das pessoas com deficiência continua a ser um dos maiores desafios na província de Sofala. Dificuldades no acesso ao emprego, ensino, transportes e serviços básicos estiveram em debate numa mesa-redonda realizada esta quinta-feira na cidade da Beira, que reuniu cerca de 20 pessoas com deficiência e representante do Governo provincial.
Durante o encontro, o delegado-adjunto provincial do Fórum Moçambicano das Associações de Pessoas com Deficiência (FAMOD), Pasado José, afirmou que, apesar do discurso recorrente sobre inclusão, na prática pouco tem sido feito. Segundo o responsável, as organizações defendem a criação de uma lei que obrigue instituições públicas e privadas a empregar pessoas com deficiência, propondo-se uma quota mínima de três por cento.
De acordo com o entrevistado, a província de Sofala conta com mais de onze mil pessoas com deficiência registadas pelas associações, sendo que apenas as pessoas com deficiência visual representam cerca de cinco mil membros. Entretanto, muitas continuam à margem do sistema, recorrendo à mendicidade por falta de oportunidades de trabalho.
Presente no evento, o chefe do Departamento de Ação Social na Direção Provincial de Género, Criança e Ação Social, José Ernesto, reconheceu a necessidade de mudanças urgentes. O dirigente garantiu que o Governo está a trabalhar com parceiros e associações para desenhar estratégias de advocacia, com vista à inclusão efetiva das pessoas com deficiência nos serviços públicos e no mercado de trabalho.
De referir que as autoridades em Sofala asseguraram que decorrem ações de sensibilização para combater práticas discriminatórias e reforçar o respeito pelos direitos das pessoas com deficiência.





