O analista Víctor da Fonseca criticou a decisão parlamentar de legitimar a criação da força local para combater o terrorismo em Cabo Delgado. Para o jurista, a decisão mostra as “fragilidades” do Estado moçambicano.
A decisão do Parlamento moçambicano em aprovar a revisão da lei da Defesa e das Forças Armadas, que legitima a atuação da designada “força local”, gera controvérsia na sociedade moçambicana.
Os principais partidos da oposição moçambicana insurgiram-se contra o diploma. A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) votaram contra a legitimação da Força Local.
Segundo o Governo de Moçambique, a força local foi estabelecida para “reforçar o papel das Forças de Defesa e Segurança no combate e contenção do alastramento das incursões terroristas, proteção dos assentamentos comunitários e infraestruturas públicas e privadas”.
Mas jurista ouvido pela DW não concorda com a decisão governamental. Víctor da Fonseca diz que a legitimação da força local só veio a “demonstrar a fragilidade de segurança do Estado em combater o terrorismo em Cabo Delgado”, norte de Moçambique.