QUELIMANE — A passagem da tempestade tropical Freddy por Moçambique deixou, até agora, 10 mortos apenas na província da Zambézia.
A actualização foi feita na noite desta segunda-feira, 13, pelo Centro Operativo de Emergência (COE), cuja reunião foi dirigida pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago, que, a meio da tarde, tinha avançado com oito vítimas mortais.
A mesma fonte indicou que há, pelo menos, 14 feridos e quatro mil famílias afectadas, o correspondente a mais de 22 mil pessoas, nos centros de Quelimane, Nicoadala, Namacurra e Mocuba.
Como disse à VOA no início da tarde o presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel Araújo, a devastação “é enorme” e muitas pessoas foram acomodadas em escolas, em igrejas e noutros lugares.
Depois da reunião do COE, Armindo Tiago alertou para o possível surgimento de doenças respiratórias nos centros de acomodação devido à elevada demanda.
Aumenta para oito vítimas mortais provocadas por “Freddy” e muita destruição
Presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel Araújo, e ministro da Saúde, Armindo Tiago confirmam muita destruição
WASHINGTON —
O ministro da Saúde de Moçambique disse ter aumentado para oito o número de mortos pela passagem da tempestade tropical Freddy, no domingo, que deixou ainda muita destruição em infraestruturas.
Em comunicação à imprensa, Armindo Tiago acrescentou que sete das mortes ocorreram na cidade de Quelimane, a capital provincial, e uma no distrito de Mocuba, e ressalvou que “há também uma considerável destruição de infraestruturas”.
Os dados são preliminares, tanto do ponto de vista das vítimas como das infraestruturas.
Em entrevista à VOA, o presidente do Conselho Municipal, Manuel Araújo, conta os esforços da sua edilidade para dar resposta, principalmente, às pessoas mais afectadas.
Jenna Buraczenski, gestora de Relações Públicos do UNICEF enviou à VOA na tarde desta segunda-feira, uma notaa dizer que o pessoa da agência está “no terreno e totalmente focado em trabalhar com o Governo e parceiros para avaliar o impacto e mobilizar suprimentos que salvam vidas e apoio aos mais afetados”.
“Restaurar o acesso a serviços essenciais, incluindo saúde e nutrição, educação, proteção e serviços de água, saneamento e higiene, é uma prioridade. Dada a escala dos danos e porque Moçambique enfrenta múltiplas crises, é necessário apoio adicional urgentemente”, concluiu a nota.
A tempestade deixou mais vítimas e destruição no vizinho Malaui.
Até agora, as agências Reuters e AFP indicam que o número de mortes ascende a pelo menos 60, com o Hospitral Central de Blantyre a indicar ter recebido mais de 60 corpos.
O número total de mortos pela tempestade Freddy em Moçambique, Malawi e Madagascar desde que atingiu a costa no mês passado pode ascender a uma centena.