Rogério Maduca – Beira, Moçambique
Na passada sexta-feira, 20 de Setembro os residentes do Posto Administrativo de Inhamizua na cidade da Beira, acordaram assustados e chocados por conta de um caso que teve lugar no cemitério da Chamba, onde indivíduos desconhecidos exumaram o corpo de uma adolescente de 17 anos e supõem-se ainda que tenha violado o cadáver.
Para o sociólogo, Pedrito Cambrão, o acto macabro e hediondo perpetrado pelos que até então são desconhecidos, pode estar associado as características da sociedade em que vivemos, o que ele chamou de “sociedade de risco”, uma sociedade violenta e desesperada devido ao alto custo de vida, associado ainda ao consumo de drogas, colocando de lado a importância da educação.
Este académico, não deixa de lado a possibilidade de o facto estar também associado à superstição, mas insiste na necessidade de haver uma reflexão sobre a educação, pois no seu entender uma sociedade não educada torna-se permissiva e desordenada.
Cambrão vai mais longe considerando que o praticante deste suposto acto necrófilo, não está em condições de coabitar num ambiente social por ser uma ameaça à sociedade
Em entrevista à Emissora Católica da Beira, o Psicólogo clínico, Jorge Machava, explicou que a necrofilia, uma atracção sexual por cadáver, é um dos transtornos mentais graves e é incomum na sociedade.
E sobre o caso do corpo da adolescente de 17 anos que teve lugar no cemitério particular da Chamba, na cidade da Beira, as autoridades policiais ainda não se pronunciaram.