Redação Rádio Pax-Beira, Moçambique
O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) é a instituição responsável por garantir proteção social aos trabalhadores, assegurando-lhes benefícios em situações como maternidade, invalidez, velhice, doença ou morte.
Nora Chica Samuel empreendedora na área de urbanização é contribuinte do sistema de Segurança Social há mais de 10 anos. Sendo mulher, destacou como uma das vantagens a proteção em casos de invalidez. Recordou ainda que, quando teve os seus dois filhos, beneficiou-se da licença de parto, apelando a todos os trabalhadores por conta própria a aderirem ao sistema. Segundo disse, situações de invalidez ou doença que impossibilitam de trabalhar encontram no INSS uma solução.
Por sua vez João Filipe Zivane, de 70 anos de idade, residente no bairro da Ponta-Gêa, zona do Goto na cidade da Beira. Avô de cinco netos, Zivane, recorda a sua vida de trabalho, marcada pela contribuição regular ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), ao longo de mais de 32 anos
Segundo ele, cada emprego que teve foi acompanhado da responsabilidade de pagar ao sistema de segurança social, algo de que hoje não se arrepende.
O valor da sua pensão tem feito diferença no sustento da família, especialmente na compra de alimentação e na realização de pequenos arranjos em casa, à juventude, Zivane e Nora Samuel deixam um apelo, que todos participem na contribuição ao INSS, sobretudo os trabalhadores por conta própria, lembrando que o valor da reforma depende diretamente das contribuições feitas.
Hoje, já sem condições de trabalhar, o idoso sublinha: “A maior vantagem de contribuir é chegar o dia de receber a sua reforma”. Ele ainda destaca a flexibilidade do sistema no pagamento das pensões, o que considera essencial para os beneficiários.
João Alberto, empreendedor de taximota e contribuinte do INSS desde 2023, salientou que o sistema lhe proporciona segurança e é uma forma de garantir o futuro dele e da sua família. Acrescentou que, em caso de invalidez ou morte, os benefícios podem amparar os seus dependentes.
O mesmo recordou a experiência da sua esposa, que beneficiou de uma pensão aquando do parto, situação que reforçou a sua confiança em continuar a contribuir para o INSS.
Para o economista Lourito, as vantagens de contribuir para o INSS refletem-se sobretudo na disponibilidade dos valores no momento da reforma. Destacou ainda a importância da inclusão dos trabalhadores por conta própria e apelou às empresas privadas a canalizarem as contribuições dos seus trabalhadores.
O economista acrescentou que a inclusão dos trabalhadores por conta própria fortalece a economia nacional, uma vez que promove maior disponibilidade de recursos financeiros e garante proteção social a mais cidadãos.
Na ocasião, o delegado do INSS em Sofala, Jaime Chicamisse, afirmou que a segurança social contribui para a redução da vulnerabilidade do trabalhador em casos de maternidade, doença, reforma ou morte, entre outros benefícios para os contribuintes.
O delegado apontou ainda os desafios enfrentados no universo dos mais de 8.000 trabalhadores por conta própria já inscritos no INSS na província de Sofala, com destaque para o incumprimento do pagamento regular e o baixo índice de novas inscrições.
Chicamisse apelou aos trabalhadores por conta própria que ainda não se inscreveram a aderirem ao sistema, lembrando os requisitos para o efeito.
Importa referir que o INSS, a nível da província, conta com delegações distritais e pontos de atendimento nos distritos de Dondo, Búzi, Nhamatanda, Marromeu, Mochungué, Chemba, Caia e Gorongosa.
