A COMISSÃO Parlamentar de Inquérito da Assembleia da República inicia, em Janeiro próximo, uma investigação sobre o alegado envolvimento de um deputado no tráfico de drogas, usando o Porto de Macuse, distrito de Namacurra, na província da Zambézia.
Segundo o presidente da Comissão, António Niquice, que falava ontem a jornalistas, depois de orientar a primeira reunião do grupo, a comissão vai interagir com o Ministério Público, Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), Polícia da República de Moçambique (PRM), governador da província, secretário de Estado e outros serviços, para obter elementos substantivos que permitam consubstanciar matéria esclarecedora sobre este assunto.
Essa investigação tem curta duração, devendo até ao dia 2 de Fevereiro a comissão de inquérito entregar o relatório final à Comissão Permanente. Por sua vez, a Comissão Permanente deve submetê-lo à apreciação do plenário, na VII sessão ordinária da Assembleia.
“É um calendário bastante apertado, mas vamos fazer o nosso melhor para que até lá o relatório esteja disponível e praticamente esclarecido este caso. O que queremos averiguar é se existe ou não o envolvimento de um deputado da Assembleia da República. E se existe quem deve ser, em que circunstâncias deverá ter acontecido”, disse Niquice.