Rogério Maduca – Beira, Moçambique
Em entrevista exclusiva à Emissora Católica da Beira na Sexta-feira, 24 de Maio, a margem das celebrações do Dia da África, o académico e analista político, Samuel Simango recordou que o Renascimento de África nas diversas áreas, nomeadamente, política, económica e social que faziam parte dos objectivos da criação da União Africana, continua sendo um dos principais desafios deste continente.
Simango justifica sua tese acrescentando que muitos governos existentes em África não têm legitimidade pois a conquista do poder não tem sido legitima, no âmbito económico, o continente continua dependente de políticas traçadas por outros países, algo que inferioriza a África na arena internacional ao ponto de ser tratado como um país.
Um desafio que segundo o académico, só será ultrapassado se existir um “casamento” entre as estratégias dos actuais líderes africanos e os ideais daqueles que no passado libertaram o continente. Algo que faz com que o continente não tenha uma agenda ou estratégia própria de desenvolvimento, associado a ganância dos líderes.
Apesar dos aspectos referenciados, Simango reconhece que nem tudo está mal, por isso fala de países que deveriam servir de exemplo, mesmo sendo em um número reduzido. Outro aspecto que para o também docente universitário, constitui uma esperança para o continente é a educação.
O dia 25 de Maio, Dia da África celebra-se anualmente e a data foi instituída pela Organização Nacções Unidas (ONU). Neste ano o dia é comemorado em meio à guerras em vários países deste continente.