Rogério Maduca – Beira, Moçambique
O Consórcio Mais Integridade convocou a imprensa esta quarta-feira, para apresentar o relatório preliminar sobre o processo de votação e apuramento parcial e intermédio das eleições presidenciais, legislativas e provinciais de 2024 em Moçambique. Dos trabalhos levados a cabo pelo organismo, destaque para a observação do processo e principalmente o apuramento paralelo dos votos nas províncias de Nampula e Zambézia.
Durante a conferência de imprensa na cidade de Maputo, Edson Cortez, presidente do Consórcio onde também faz parte a Comissão Episcopal de Justiça e Paz na Conferência dos Bispos Católicos de Moçambique, avançou que os dados colectados durante a contagem dos votos no dia votação divergem dos que constavam nos editais na manhã seguinte, concluindo desta forma que as eleições foram fraudulentas, pois não reflectem a vontade dos eleitores.
Cortez disse também que, tem provas de ter havido enchimento de urnas olhando para a quantidade de votos especiais existentes, indicando que houve quem votou mais de uma vez.
Ainda em torno do balanço das eleições gerais em Moçambique, a Missão de Observação eleitoral da União Europeia, emitiu uma declaração preliminar sobre o processo onde referiu que, “Os observadores da UE registaram conjuntos de boletins de voto dobrados em 10 mesas de apuramento observadas, o que indica um possível enchimento de urnas. Num terço das mesas de apuramento observadas não houve reconciliação dos números constantes dos editais”, lê-se no documento.
De referir que, os resultados parciais anunciados pelos órgãos eleitorais em Moçambique, dão vantagem ao candidato do partido no poder no país.