Rogério Maduca, Rádio Pax – Moçambique
A Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) reagiu esta quinta-feira, 28 de Dezembro, a Declaração Fiducia supplicans publicado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, sobre o significado pastoral das Bênçãos. Por meio desta declaração, autoriza-se o ministro ordenado a abençoar casais irregulares ou do mesmo sexo.
De acordo com a nota assinada pelo Arcebispo de Nampula e Presidente da CEM, Dom Inácio Saúre, esta decisão está provocar no meio das comunidades cristãs em Moçambique, não apenas questionamentos e perturbações.
Diante dessa situação os Bispos esclarecem que o documento publicado pelo Dicastério não altera a doutrina sobre o matrimónio e a família, pois a benção referida não tem a ver com a liturgia e a celebração do sacramento do matrimónio. Estes recordam ainda que as pessoas que vivem uma situação de união irregular não devem ser afastadas da comunidade cristã.
A Declaração afirma que a bênção apresentada como possível a ser invocada sobre uma união irregular ou do mesmo sexo, não pretende legitimar estas uniões, lê-se no documento dos Bispos.
Os Bispos da Conferência Episcopal de Moçambique exortam a todos ministros ordenados a manifestarem proximidade e acompanhamento a quem vive em uniões irregulares, e mesmo assim negam que se dê bênção a uniões irregulares e uniões do mesmo sexo.
Além de Moçambique, a decisão de não abençoar uniões irregulares também foi tomada pelos Bispos das Conferências Episcopais de Angola e São Tomé, Zâmbia, Malawi, entre outros.