Pedido de extradição
A magistrada sul-africana Karien Brits considerou “razoável” adiar o caso para a próxima segunda-feira, 16 de janeiro, por forma a que a África do Sul “obtenha os documentos necessários” do Governo de Moçambique relativos ao pedido de extradição do arguido.
Esmael Maulide Ramos Nangy, de 50 anos, compareceu no Tribunal de Magistratura de Tembisa, nesta segunda-feira, depois de ter sido preso num condomínio de luxo em Centurion, arredores de Pretória, a capital do país, no fim de semana.
O comunicado da polícia sul-africana, a que a Lusa teve acesso, sublinhou que as forças de segurança sul-africanas “agiram com base num mandado de prisão e num pedido de extradição do Governo de Moçambique”.
Contactada pela Lusa, a porta-voz do comando nacional da Polícia da África do Sul, Athlenda Mathe, explicou que a detenção foi efetuada cerca das 19:00 (17:00 em Lisboa) de sábado por várias unidades da polícia sul-africana, e a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
A polícia apreendeu na sua posse uma arma de fogo 9mm licenciada, catorze munições de 9mm, cinco telemóveis, vários cartões bancários de bancos sul-africanos, bem como vários cartões SIM moçambicanos e sul-africanos, segundo a polícia sul-africana.
A África do Sul é signatária juntamente com outros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), incluindo o Governo de Moçambique, do Protocolo de Extradição da SADC de 2006, que ratificou e incorporou em 2012. O protocolo da SADC é considerado um “acordo de extradição”, para efeitos da Lei de Extradição sul-africana.
Fonte: DW