Joaquim Tauzene
O Governo de Moçambique, através do Ministério da Economia e Finanças anunciou recentemente a suspensão de novas contratações em todos sectores da Função Pública, a partir do segundo semestre de 2023, uma decisão que terá duração de 2 anos.
Esta decisão preocupa os jovens e outra classe que não possui vínculo com o estado. Em entrevista a Emissora Católica da Beira na manhã desta terça-feira, 4 de julho, os jovens que se encontram em formação em diferentes instituições, consideram que a suspensão das contratações na função pública irá comprometer a sustentabilidade da juventude, facto que contribui para a marginalização desta faixa etária e aumento da criminalidade.
E tendo em conta que a paralisação da contratação, não é proporcional ao processo formativo, os nossos entrevistados que já olham para um futuro sombrio em relação ao enquadramento quer dos já formados e sem emprego, incluindo os que ainda se formam, pedem a decisão seja revista, ou ainda a criação de outras possibilidades de empregabilidade para esta classe social.
A decisão da suspensão de novas admissões em todos sectores da função pública, de acordo com o Ministério da Economia e Finanças, visa responder aos altos encargos com salários, tendo em conta aos antecedentes que tem estado a impactar situação económica do país, com destaque para introdução e estabilização da Tabela salarial única, entre outros.