Joaquim Tauzene, Rádio Pax Beira-Moçambique
O conflito entre o homem e a fauna bravia, continua a ser uma das principais preocupações do governo da província de Sofala, sendo responsável por inúmeros prejuízos incluindo a destruição de culturas agrícolas, perda de vidas humanas e danos materiais, o que motivou o executivo provincial a manter encontros com os administradores distritais com o objetivo de encontrar soluções duradouras.
Segundo Hermelinda Maquenzi, diretora provincial do Ambiente entre 2020 e 2024 a província, registou 133 mortes 134 feridos 257 casas de construção precária destruídas, cerca de mil hectares de culturas devastadas e cinco salas de aula abandonadas em alguns distritos como resultado direto dos conflitos homem-fauna. Os distritos com maior índice de ocorrência destes conflitos são Chemba, Nhamatanda, Marromeu e Buzi.
Como resposta o executivo pretende implementar várias medidas incluindo a criação de comités de gestão de conflito homem-fauna, a expansão de infraestruturas com destaque para fontes de abastecimento de água e a mecanização da agricultura para reduzir a pressão sobre áreas críticas. A disputa por fontes de água é apontada como uma das principais causas deste tipo de conflito resultando frequentemente em ataques de crocodilos e outros animais selvagens.