Joaquim Tauzene, Rádio Pax Beira-Moçambique
A distribuição de coletes para os pescadores junta-se a outras ações em curso em várias províncias, implementadas no âmbito dos 100 dias de governação do novo Executivo. Na cidade da Beira, do lote de 1.600 coletes salva-vidas, foram distribuídos 205 a proprietários de embarcações da Praia Nova, que realizam atividades de transporte de pessoas e bens.
De acordo com Unai Mustaf, Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Transporte Marítimo, a ação visa desenvolver entre transportadores e passageiros a cultura de segurança marítima. A aquisição dos 4.000 coletes salva-vidas foi feita com fundos do Governo, num valor total de 300 mil dólares. Desses, 1.600 estão a ser distribuídos durante os primeiros 100 dias de governação, enquanto os 2.400 restantes serão entregues em outras travessias ainda não abrangidas.
Na ocasião, Unai Mustaf chamou a atenção dos diferentes intervenientes para a necessidade de continuar a combater a sobrelotação das embarcações, de modo a não comprometer a segurança marítima. Acrescentou que a entrega de coletes poderá reduzir significativamente as fatalidades causadas por naufrágios.
GOVERNO DISTRIBUI COLETES SALVA-VIDAS NA PRAIA NOVA NO ÂMBITO DOS 100 DIAS DE GOVERNAÇÃO
Presente na cerimónia, o governador da província de Sofala, Lourenço Bulha, reconheceu a importância do transporte marítimo, com destaque para os sete distritos que dele dependem para o transporte de pessoas e mercadorias. Sublinhou ainda as vantagens deste meio, sem ignorar os riscos associados, Como solução, referiu que o Governo alocou coletes salva-vidas, como forma de reforçar a segurança nas travessias.
Paulo Nhacha, proprietário de uma das embarcações beneficiadas, afirmou que anteriormente trabalhavam sem coletes de salvação, o que, em caso de acidente ou naufrágio, aumentava significativamente o risco de perda de vidas humanas.
Por seu turno, Manuel José, presidente da Associação dos Transportadores Marítimos da Praia Nova, apelou ao Governo para prestar apoio na aquisição de motores para as embarcações, dado que muitos operadores têm recorrido à África do Sul ou a Maputo para adquiri-los.
