Na província moçambicana da Zambézia, populares denunciam a venda ilegal de medicamentos nos bairros e mercados informais. Ativista diz que o roubo de medicamentos é comandado por funcionários do setor da Saúde.
Benjamim Tomás, ativista e membro das organizações da sociedade civil da província moçambicana da Zambézia, acusa os funcionários do Serviço Nacional de Saúde de comandarem o roubo e a venda de medicamentos, sobretudo de malária.
“Temos técnicos já formados nessa área de saúde, calculam quando é que entram medicamentos nas unidades sanitárias. Eles têm receitas obscuras, que é para levar os medicamentos mais importantes para fins pessoais”, denuncia.
Tomás acrescenta que há quem venda inclusive os medicamentos destinados às comunidades mais desfavorecidas, que vivem em zonas de difícil acesso. “Chegam às zonas recônditas e, em vez de dar os medicamentos às pessoas, eles vendem. Tenho exemplos concretos em Nicoadala.”
O desvio e venda informal de medicamentos hospitalares do sistema nacional de saúde em Moçambique é um problema denunciado frequentemente, que tem gerado debate em vários fóruns.
Os fármacos mais procurados e vendidos são para curar a malária. E isto é algo que se constata em todos os distritos da Zambézia em regiões recônditas como Nicoadala, Chinde, Gile e Quelimane, na capital da província. Mas as soluções para o problema são difíceis de encontrar.
Zambézia: Populares denunciam venda ilegal de medicamentos – DW – 16/01/2023
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